A participação das mulheres na política é essencial para a construção de uma sociedade mais justa, democrática e representativa. No entanto, apesar dos avanços nas últimas décadas, ainda existem inúmeros obstáculos que dificultam o pleno exercício da cidadania pelas mulheres no cenário político. Entre os desafios enfrentados estão a resistência por parte dos partidos e da sociedade, os estigmas culturais ligados aos papéis tradicionais de gênero e a ausência de apoio institucional.
Nesse contexto, a filiação partidária se apresenta como um passo decisivo para a ampliação da presença feminina na política. No Brasil, não existem candidaturas avulsas; ou seja, a filiação a um partido político é o ponto de partida obrigatório para quem deseja disputar uma eleição. Portanto, é fundamental que as mulheres compreendam a importância desse vínculo, não apenas como uma formalidade, mas como uma porta de entrada para ocupar espaços de poder e decisão.
Além disso, a filiação abre caminho para que as mulheres assumam cargos de direção dentro dos próprios partidos. Participar das instâncias internas das legendas permite influenciar diretamente as decisões, estratégias e a formulação de políticas públicas que dialoguem com as reais necessidades da população feminina. A presença ativa de mulheres nas estruturas partidárias fortalece a democracia interna dos partidos e amplia a diversidade nos espaços de liderança.
É igualmente necessário promover uma cultura de valorização e incentivo à presença feminina nos partidos. Iniciativas como as promovidas pelo Solidariedade, que oferece cursos de formação política, tanto presenciais quanto na modalidade EAD, são fundamentais para garantir que as mulheres tenham acesso à informação, capacitação e ferramentas que lhes permitam competir em igualdade de condições com os demais candidatos.
Em conclusão, a filiação partidária é um instrumento estratégico e indispensável para que as mulheres disputem eleições e ocupem cargos de liderança nos partidos políticos. Por meio dela, é possível transformar a realidade política, promovendo mudanças significativas na sociedade. Incentivar a filiação e a participação ativa das mulheres nos partidos é, portanto, uma ação concreta em direção à igualdade de gênero e ao fortalecimento da democracia.
Maria Aparecida dos Santos
Secretária nacional do Solidariedade Mulher